São outras guerras, menos chocantes e com alguma coisa até de simpático. Dois clubes russos disputavam o futebolista português Danni. Hoje ele passou do Dínamo de Moscovo onde jogava desde 2005, para o campeão russo, e vencedor da taça da UEFA, o Zenit de S. Petersburgo. Mas a transferência acabou por não ser tão pacífica quanto parecia. Os dois clubes acabaram por se pôr de acordo, mas os fãs do Dínamo não se resignaram. Danni com os seus dribles tornou-se num símbolo do clube moscovita, que este ano até parece que vai no bom caminho. Está no segundo lugar da tabela (35 pontos, menos 4 do que o líder) e, se conseguir manter o nível que tem tido, poderá finalmente pensar nas competições europeias. O Zenit, ao contrário está a fazer uma época fraca em comparação com as últimas e está lá para o meio da tabela (6º lugar com 28 pontos). O clube de S. Petersburgo abriu os cordões à bolsa e deu 30 milhões de euros pela transferência do jogador português. Os fanáticos do Dínamo dizem que o objectivo do Zenit é prejudicar o clube de Moscovo, dispondo dos fundos do patrocinador, a companhia estatal do gás “Gazprom”. Vai daí, escreveram um carta a Serguei Stepachin, presidente da “Câmara de Contas”, que deve vigiar a legalidade dos fluxos de capital, a acusar o Zenit de dispor de fundos “astronómicos á escala do mercado do futebol” da Rússia. “Como é que o clube de futebol Zenit pode dispor de somas multimilionárias do orçamento da Gazprom, o que significa de facto do orçamento de estado?”, perguntam os representantes da “torcida” do Dínamo.
O facto é que eles queriam o Danni e não o dinheiro para o clube. “Os fãs do Dínamo, com amargura e indignação tomaram conhecimento das iniciativas dos dirigentes do clube Zenit de S. Petersburgo, e dos métodos pouco desportivos e pouco elegantes com que tentam enfraquecer o nosso clube, e conseguir para a equipa deles o principal jogador do Dínamo Miguel Danni.”
O futebol é assim...