Para dizer em poucas palavras a impressão que tenho dos ensaios da primeira meia-final a que assisti, se calhar tenho que admitir que a música não é o máximo (gostos não se discutem) mas têm cá uma organização!!! Primeiro deparei-me com o problema de ter acordado tarde, as acreditações já estavam fechadas quando do Jornal de Notícias me escreveram para ir às conferências de Imprensa. Passaram-se uns dias com telefonemas e mails e chefa do centro de acreditação lá me disse para vir “etrazer o passaporte”. Nem cartas, nem requirimentos, nem faxes. Deram-me um cartãozinho com uma fotografia tirada ali mesmo por uma web câmara (fiquei com um sorriso aparvalhado, como é costume). À entrada o segurança disse-me que tinha que tocar com o cartão numa plaquinha e,... sensacional, a minha fotografia (com o tal sorriso) apareceu em tamanho familiar, a ocupar meio ecrã do monitor que ali estava.
Depois percebi que isto era uma espécie de mania, porque quando se entra na sala no centro de Imprensa tem que se passar o cartão, quando se sai, outra vez, quando se entra na sala principal idem, sempre com a fotografia a aparecer. A sala do festival, era super high tech, mas devo admitir que uma boa parte do tempo eu etava com atenção a uma câmara de televisão, instalada num braço móvel enorme e que me passava por cima da cabeça a uma velocidade que me parecia pelo menos exagerada, e cuja altura (parecia-me cerca de um metro) era controlada por dois operadores, de cuja perícia dependia a vida dos que estavam ali sentados, numa parte do sector destinado à Imprensa. Parece que, até agora, não falharam.
Outra coisa que me “impressionou” foi uma espécie de patim eléctrico que usava um dos operadores de câmara, para se mover depressa e sem “ressaltos”. Depois entravam a correr pela cena com uma câmara “atada” ao peito, e saíam mais ou menos ao mesmo ritmo. Mais depressa corriam só os dos grupos que mudavam os acessórios do palco, enquanto para os supostos teleespectadores se projectam outras imagens. E não pude deixar de admirar a coragem das duas meninas que fizeram descer numa coisa que pretendia ser a imagem dum passarão e que veio lá das alturas das últimas filas do pavilhão Olímpico até ao palco.
É claro que não se devem fazer perguntas do tipo “e tudo isto para quê?”